AC - Ana Cristina Barbosa Rocha

Especialista em Linguagem

Atuação na Psicopedagogia

O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional) com caráter mais preventivo e na clínica (psicopedagogia clínica) com caráter terapêutico.

Em relação ao caráter preventivo, atua não só no âmbito escolar, mas alcança a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. No caráter terapêutico, a psicopedagogia identifica, analisa, planeja, intervêm através das etapas de diagnóstico e tratamento.

O psicopedagogo trabalha com problemas e distúrbios de aprendizagem.


 
 

- TDHA - Déficit de Atenção - Hiperatividade.

O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade é caracterizado por uma constelação de problemas relacionados à falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.

O TDAH é um distúrbio bio-psicossocial. O transtorno ocorre mais freqüente em meninos do que em meninas.

O distúrbio tende a permanecer através da adolescência e atingir a idade adulta.

O diagnóstico em geral somente é feito quando a criança entra na escola já que é no aprendizado que se exige períodos de atenção e concentração.

As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na primeira infância. O distúrbio é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração de no mínimo 6 meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente, há 4 subtipos de TDAH que foram classificados em:

A – TDAH – TIPO DESATENTO: a pessoa apresenta pelo menos seis das seguintes características:

  • - Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado;
  • - Dificuldade em manter a atenção;
  • - Parece não ouvir;
  • - Dificuldade na organização;
  • - Dificuldade em seguir instruções;
  • - Evita e não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado;
  • - Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade;
  • - Distrai-se com facilidade;
  • - Esquecimento nas atividades;


B – TDAH – TIPO HIPERATIVO-IMPULSIVO: é definido se a pessoa apresenta seis das seguintes características:

  • - Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira;
  • - Dificuldade em permanecer sentada;
  • - Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente;
  • - Dificuldade de engajar-se numa atividade silenciosamente;
  • - Fala excessivamente;
  • - Responde a perguntas antes delas serem formuladas;
  • - Age como se fosse movida a motor;
  • - Dificuldade em esperar;
  • - Interrompe e se intromete.

 

C – TDAH – TIPO COMBINADO: é caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.

D – TDAH – TIPO NÃO ESPECÍFICO: a pessoa apresenta algumas características, mas de número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.

São necessários seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos de hiperatividade/impulsividade para que se possa pensar na possibilidade do diagnóstico de TDAH.

CUIDADO! Para se considerar algum dos sintomas da lista é importante que ele aconteça frequentemente, e não de vez em quando.

As características mais freqüentes citadas são em ordem de frequência:

  • - Hiperatividade;
  • - Comprometimento percepto-motor;
  • - Instabilidade emocional;
  • - Déficit geral de coordenação;
  • - Distúrbio da atenção;
  • - Impulsividade;
  • - Transtorno da memória e do pensamento;
  • - Deficiências específicas do aprendizado;
  • - Sinais e irregularidades neurológicas duvidosas ao eletroencefalograma;
  • - Criatividade;
  • - Depressão e sentimento de inferioridade;
  • - Inteligência normal ou superior;
  • - Pensamento rápido.

Tratamento:

A abordagem do transtorno exige intervenções múltiplas.

É necessária a combinação de várias das seguintes intervenções:

  • - intervenção psicoterápica e neurológica;
  • - intervenção psicopedagógica, fonoaudiológica e reforço de conteúdos;
  • - uso de medicação;
  • - orientação de manejo para a família e professores.

 

De acordo com BENCZIK E ROHDE (1999) e ROHDE, Luis Augusto; MATTOS, Paulo & Cols (2003) sugere-se:

  • - Atividades que desenvolvam a atenção e concentração;
  • - Criar um caderno para os atendimentos;
  • - Procurar afixar as regras de funcionamento das sessões;
  • - Usar uma linguagem simples e clara;
  • - Sempre que possível transforme as tarefas em jogos;
  • - Promover o vínculo pela aprendizagem;
  • - Inserir o uso da informática nas sessões;
  • - Planejar e antecipar as atividades;
  • - Dividir as tarefas grandes em pequenas tarefas;
  • - Utilizar vários recursos de ensino e não somente a voz;
  • - Dê preferência sempre que possível, a estratégias de ensino participativo;
  • - Estimular a criança a ler em voz alta.

- Dislexia.

Dislexia Específica ou dislexia de evolução é um conjunto de sintomas reveladores de uma disfunção parietal occipital, geralmente hereditária, ou às vezes adquirida, que afeta a aprendizagem da leitura num contínuo que se estende do sintoma leve ao severo. A dislexia é frequentemente acompanhada de transtornos na aprendizagem da leitura, escrita, ortografia, gramática e redação. A dislexia afeta os meninos numa proporção maior que as meninas.

O termo DISLEXIA é aplicável a uma situação na qual a criança é incapaz de ler com a mesma facilidade com a qual lêem seus iguais, apesar de possuir uma inteligência normal, saúde e órgãos sensoriais intactos, liberdade emocional, motivação e incentivos normais, bem como instrução adequada.

A fim de diferenciar a dislexia das demais dificuldades de aprendizagem destacam-se as seguintes premissas: a dificuldade persiste até a idade adulta, os erros na leitura e na escrita são de natureza peculiar e específica, existe uma incidência familiar e a dificuldade se associa também à interpretação de outros símbolos.

As características são:

  • - Problemas de dominância lateral;
  • - Atraso de aquisição de linguagem;
  • - Atraso na locomoção;
  • - Confusão entre letras, sílabas e palavras;
  • - Leitura lenta sem modulação, sem ritmo;
  • - Sérios erros ortográficos;
  • - Sem domínio da compreensão/interpretação do texto lido;
  • - Dificuldade de memória;
  • - Dificuldade no manuseio de dicionários e mapas;
  • - Tendência a uma escrita descuidada, desordenada e às vezes incompreensível;
  • - Dificuldade de copiar do quadro ou dos livros;
  • - Falta de entendimento da noção de tempo;
  • - Não utiliza sinais de pontuação e acentuação;
  • - Problemas emocionais.


TRATAMENTO:

O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar.

O objetivo principal do tratamento é solucionar ou amenizar as dificuldades encontradas no diagnóstico, que estão impedindo o desenvolvimento normal da leitura.

Para ler com eficiência a criança precisa dominar os seguintes aspectos:

A - Reconhecimento de palavras: de modo que possa aplicá-las de maneira automática e instantânea.
B - A compreensão da leitura;
C - A velocidade da leitura;
D - Os hábitos da leitura.

- Inclusão Escolar.

Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. O termo é associado mais comumente à inclusão educacional de pessoas com deficiência física e mental.

Recusar-se a ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (NEE) é crime: todas as instituições devem oferecer atendimento especializado, chamado de Educação Especial. No entanto, o termo não deve ser confundido com escolarização especial, que atende os portadores de deficiência em uma sala de aula ou escola separada, apenas formadas de crianças com NEE. Isso também é ilegal.

O artigo 208 da Constituição brasileira especifica que é dever do Estado garantir "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino", condição que também consta no artigo 54 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

A legislação também obriga as escolas a terem professores de ensino regular preparados para ajudar alunos com necessidades especiais a se integrarem nas classes comuns. Ou seja, uma criança portadora de deficiência não deve ter de procurar uma escola especializada. Ela tem direito a cursar instituições comuns, e é dever dos professores elaborar e aplicar atividades que levem em conta as necessidades específicas dela.

No caso da alfabetização para cegos, por exemplo, o aluno tem direito a usar materiais adaptados ao letramento especial, como livros didáticos transcritos em braille para escrever durante as aulas. De acordo com o decreto 6.571, de 17 de setembro de 2008, o Estado deve oferecer apoio técnico e financeiro para que o atendimento especializado esteja presente em toda a rede pública de ensino. Mas o gestor da escola e as Secretarias de Educação e administração é que precisam requerer os recursos para isso.

Às vezes o atendimento escolar especial (AEE) deve ser feito com um profissional auxiliar, em caso de paralisia cerebral, por exemplo. Esse profissional auxilia na execução das atividades, na alimentação e na higiene pessoal. O professor e o responsável pelo AEE devem coordenar o trabalho e planejar as atividades. O auxiliar não foge do tema da aula, que é comum a todos os alunos, mas o adapta da melhor forma possível para que o aluno consiga acompanhar o resto da classe.

Mas a preparação da escola não deve ser apenas dentro da sala de aula: alunos com deficiência física necessitam de espaços modificados, como rampas, elevadores (se necessário), corrimões e banheiros adaptados. Engrossadores de lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos são algumas tecnologias assistivas que podem ajudar o desempenho das crianças e jovens com dificuldades motoras.

Fonte: www.cursosonline.uol.com.br

- Deficiência Auditiva.

Definição: condição causada por má-formação na orelha, no conduto (cavidade que leva ao tímpano), nos ossos do ouvido ou ainda por uma lesão neurossensorial no nervo auditivo ou na cóclea (porção do ouvido responsável pelas terminações nervosas). Tem origem genética ou pode ser provocada por doenças infecciosas, como a rubéola e a meningite. Também pode ser temporária, causada por otite. 

A perda de audição pode ser causada por líquido que permanece no ouvido depois de uma infecção de ouvido. As infecções de ouvido são comuns em crianças.

Outros problemas de ouvido que podem provocar perda de audição:

  • Acúmulo de cera no canal auditivo;
  • Objetos estranhos presos no canal auditivo;
  • Perfuração do tímpano;
  • Cicatriz no tímpano por infecções repetidas.

 

A perda auditiva presente no nascimento (congênita) pode ser devido a:

  • Defeitos de nascimento que causam alterações nas estruturas do ouvido;
  • Problemas genéticos (há mais de 400 conhecidos);
  • Infecções que a mãe passa para o bebê no útero (como toxoplasmose, rubéola ou herpes);

 

Infecções que podem danificar o cérebro ou os nervos do ouvido:

  • Sarampo;
  • Meningite;
  • Caxumba;
  • Escarlatina.

 

O ouvido pode sofrer lesões por:

  • Diferenças de pressão entre a parte interna e a parte externa do tímpano, geralmente por mergulho;
  • Fraturas cranianas (pode danificar as estruturas ou os nervos do ouvido);
  • Trauma de explosões, fogos de artifício, tiros, shows de rock e fones de ouvido;

 

Outras causas são:

  • Perda auditiva relacionada à idade (presbiacusia);
  • Neuroma acústico;
  • Síndrome de Ménière;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Trabalhar com ruídos fortes o dia todo (pode danificar as células necessárias para escutar);

Características: pode ser leve, moderada, severa ou profunda. Através de um exame chamado audiometria é capaz de identificar o grau da lesão. 

A Perda de audição é tratada com base na causa da deficiência auditiva. Geralmente, aqueles com perda auditiva condutiva beneficiam de terapia e podem ser prescritos de aparelhos auditivos.

No entanto, aqueles com perda auditiva neurossensorial pode ter uma condição mais permanente que não pode ser tratada. Isto é porque nestes pacientes estão danificadas os nervos e as sensíveis células ciliadas da cóclea e estas não podem ser reparadas e estes permanecem danificados para o resto da vida de uma pessoa. No entanto, existem métodos para lidar com a perda de audição que pode melhorar a qualidade de vida. 

Tratamento de perda auditiva incluem:

  • Remoção de cera ou objeto estranho que está levando a uma perda auditiva condutiva;
  • Uma infecção aguda ou a longo prazo do ouvido médio também pode levar à perda de audição. Estes precisam de ser tratadas com antibióticos apropriados;
  • Perfuração de orelha tambor após infecção ou lesão pode ser corrigida com uma cirurgia chamada timpanoplastia. Um retalho de tecido é tomado e a membrana é reparada para restaurar a audição.


Alguns pacientes podem precisar de implantes do ouvido médio também. Estes são inseridos dentro do ouvido com a ajuda de um pequeno procedimento cirúrgico. Estes ajudam os ossículos para conduzir os sons dentro do ouvido.
Implantes cocleares-estes são os implantes do ouvido interno que podem ser colocados dentro do ouvido com uma cirurgia. Estes podem ser usados em pacientes com perda auditiva neurossensorial em ambos os ouvidos.

Pacientes com moderada a perda auditiva profunda precisam aprender uma linguagem de sinais ou a leitura labial. Estes incluem a língua de sinais britânica (BSL) ou assinado Inglês e Paget Gorman assinado fala.

Métodos para lidar com a perda de audição

Pacientes com perda auditiva podem adoptar dicas simples para lidar. Estes incluem:

  • Os pacientes precisam possuir até sobre sua deficiência auditiva, para que os oradores falam mais alto e mais claro e não recorrer a sussurros e formulários curtos
    Olhando para os lábios do orador quando eles falam que ajuda
    Conversas podem ser realizadas em lugares mais silenciosos para fácil compreensão
    Apoio da família e amigo para os pacientes com perda auditiva é vital para lidar com a perda de audição.

- Síndrome do X-frágil.

A Síndrome do X Frágil é uma condição de origem genética, considerada a causa mais frequente de comprometimento intelectual herdado. As pessoas afetadas apresentam atraso no desenvolvimento, problemas de comportamento e, eventualmente, características físicas peculiares.


A Síndrome do Cromossomo X Frágil é causada pela mutação do gene denominado FMR 1, localizado no cromossomo X. O cromossomo X apresenta uma falha na porção subterminal de seu braço longo (Xq27.3) quando suas células são cultivadas em condições de deficiência de ácido fólico ou que afetem o metabolismo das bases nitrogenadas necessárias para a síntese do DNA, Esse cromossomo é denominado X frágil - fra(X).


Atraso no desenvolvimento é a característica mais significativa das pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil. O comprometimento intelectual é variável, podendo ir desde uma dificuldade de aprendizagem a um retardo grave. Geralmente é acompanhado de atraso na fala e na capacidade de comunicação.


Algumas características físicas, são frequentes e em geral se tornam mais evidentes após a puberdade:

  • face alongada;
  • orelhas grandes e em abano;
  • mandíbula proeminente;
  • macrorquidia (testículos aumentados), principalmente no adulto.

 

Podem apresentar ainda, ou somente, um ou vários dos traços abaixo:

  • hipotonia muscular;
  • comprometimento do tecido conjuntivo;
  • pés planos (chatos);
  • hiperextensibilidade das articulações;
  • palato alto;
  • peito escavado;
  • prolapso da válvula mitral;
  • prega palmar única;
  • estrabismo;
  • escoliose;
  • calosidade nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos).

- Síndrome Williams.

Síndrome de Williams é uma desordem genética rara que pode levar a problemas com o desenvolvimento. Desordem no cromossomo 7.

Síndrome de Williams é uma condição rara causada pela falta de genes. Os pais podem não ter qualquer histórico familiar da doença. No entanto, uma pessoa com síndrome de Williams tem 50% de chance de passar a doença para cada um de seus filhos.

A causa geralmente ocorre aleatoriamente.

Os Sinais incluem:

  • Estreitamento dos vasos sanguíneos, incluindo supravalvular estenose aórtica, estenose pulmonar e estenose da artéria pulmonar;
  • Hipermetropia;
  • Nível elevado de cálcio no sangue (hipercalcemia) que pode causar convulsões e rigidez muscular;
  • Pressão alta;
  • Articulações frouxas que podem alterar para rigidez conforme o paciente fica mais velho;
  • Padrão incomum ("estrelado" ou similar a uma estrela) na íris do olho;

 

Exames para a síndrome de Williams:

  • Verificação da pressão arterial;
  • Exame de sangue para o cromossomo em falta (teste FISH);
  • Ecocardiografia combinado com ultra-som com Doppler;
  • Ultra-som dos rins;

 

As características são: dificuldades motoras (demora para andar e falta de habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de orientação espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e muita facilidade de comunicação.

Não há cura para a síndrome de Williams. A fisioterapia é útil em pacientes com rigidez articular. Terapia de desenvolvimento e de fala também podem ajudar essas crianças (por exemplo, pontos fortes verbais podem ajudar a compensar outras deficiências). Outros tratamentos baseiam-se nos sintomas de um paciente.

Pode ajudar ter um tratamento coordenado por um geneticista, que seja experiente com síndrome de Williams.

- Síndrome de Rett.

Doença genética que, na maioria dos casos, atinge meninas.

As características são:

  • regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente adquiridas);
  • movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e os 18 meses;
  • interrupção no contato social:
  • comunicação se faz pelo olhar.
 
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