AC - Ana Cristina Barbosa Rocha

Especialista em Linguagem

Atuação na Fonoaudiologia

A FONOAUDIOLOGIA é uma profissão da área da saúde que pesquisa, previne, avalia e trata as alterações da voz, fala, linguagem, audição, aprendizagem, enfim, da Comunicação Humana.

Atua na saúde da criança, adolescente e jovem, mulher, mental, idoso, trabalhador, deficientes, da família e educação.

 

-Saúde da Criança:

  • Triagem Auditiva Neonatal (“Teste da Orelhinha”) e infantil;
  • dificuldades em recém-nascidos para sugar e engolir;
  • alterações de fala, leitura, escrita e aprendizagem;
  • atrasos no desenvolvimento infantil;
  • acompanhamento da evolução psicomotora;

 

- Adolescente e Jovem:

  • alterações vocais (puberdade e situações atípicas);
  • prevenção e tratamento de disfluências na fala e na linguagem (“gagueira” e “fala embolada”);
  • orientações quanto ao uso adequado de equipamentos e em situações que possam prejudicar a audição (fones de ouvido, DJs);
  • reequilíbrio da musculatura de face, lábios e língua no tratamento ortodôntico;

 

- Saúde da Mulher:

  • apoio e incentivo ao aleitamento materno;
  • orientações às mães quanto ao desenvolvimento saudável de seus filhos em diferentes aspectos (vínculo afetivo, linguagem, desenvolvimento psicomotor);
  • problemas de voz relacionados a fatores femininos (mau uso vocal, menopausa, tumores);

 

- Saúde do Idoso:

  • sequelas de AVC ou outras alterações de origem neurológica;
  • dificuldades de mastigar ou engolir alimentos;
  • falhas de memória, problemas na compreensão ou na expressão verbal;
  • indicação e adaptação de aparelhos auditivos;
  • mudanças na qualidade da voz;

 

- Saúde do Trabalhador:

  • Problemas decorrentes da exposição ao ruído intenso;
  • Acompanhamento específico aos profissionais da voz (professores, locutores, advogados, etc);
  • Assessoria a escolas, indústrias e empresas;
  • Participação em equipes de referência em saúde do trabalhador;

 

- Portadores de Necessidades Especiais:

  • Habilitação e reabilitação de pacientes com alterações de comunicação em geral, audição, mastigação e deglutição;
  • Realização de adaptações e outras condutas terapêuticas que visem melhor compreensão e expressão oral, alimentação segura e inclusão social plena;
  • Melhoria da qualidade de vida;

 

- Saúde da Família:

  • Atuação nas equipes de Saúde da Família, visando promover, prevenir, detectar e auxiliar na solução de problemas diversos que envolvam alterações de voz, fala, linguagem, audição e vias de alimentação;

 

- Saúde Mental:

  • Favorecimento da socialização e resgate da auto-estima, através de estratégias de incentivo à comunicação;

 

- Educação em Saúde:

  • Participação em ações socioeducativas em saúde da comunicação;
  • Multiplicação e facilitação de estratégias que ofereçam informações à população sobre melhorias na qualidade de sua saúde.

 
 

- Discalculia.

Falha na aquisição e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos matemáticos, transcrever números e sinais erradamente, no momento em que resolve um problema matemático, pode estar associada à dificuldade com processamento de linguagem(dislexia).

Características:

  • - Lentidão no trabalho: não assimila os mecanismos necessários para resolução da tarefa como: tabuada decorada, sequências decoradas;
  • - Problemas com orientação espacial: não sabe posicionar os números de uma operação na folha de papel, gasta muito espaço ou faz contas “apertadas” num cantinho da folha;
  • - Dificuldade em lidar com operações básicas: soma, subtração, multiplicação e divisão; - Dificuldade na memória de curto e longo prazo, tabuadas, fórmulas; -Dificuldade em lidar com grande quantidade de informação de uma vez só; - Confusão de símbolos (= + - : . < >).

- TDHA – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade é caracterizado por uma constelação de problemas relacionados à falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.

O TDAH é um distúrbio bio-psicossocial. O transtorno ocorre mais freqüente em meninos do que em meninas.

O distúrbio tende a permanecer através da adolescência e atingir a idade adulta.

O diagnóstico em geral somente é feito quando a criança entra na escola já que é no aprendizado que se exige períodos de atenção e concentração.

As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na primeira infância. O distúrbio é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração de no mínimo 6 meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente, há 4 subtipos de TDAH que foram classificados em:

A – TDAH – TIPO DESATENTO: a pessoa apresenta pelo menos seis das seguintes características:

  • - Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado;
  • - Dificuldade em manter a atenção;
  • - Parece não ouvir;
  • - Dificuldade na organização;
  • - Dificuldade em seguir instruções;
  • - Evita e não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado;
  • - Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade;
  • - Distrai-se com facilidade;
  • - Esquecimento nas atividades;


B – TDAH – TIPO HIPERATIVO-IMPULSIVO: é definido se a pessoa apresenta seis das seguintes características:

  • - Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira;
  • - Dificuldade em permanecer sentada;
  • - Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente;
  • - Dificuldade de engajar-se numa atividade silenciosamente;
  • - Fala excessivamente;
  • - Responde a perguntas antes delas serem formuladas;
  • - Age como se fosse movida a motor;
  • - Dificuldade em esperar;
  • - Interrompe e se intromete.

 

C – TDAH – TIPO COMBINADO: é caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.

D – TDAH – TIPO NÃO ESPECÍFICO: a pessoa apresenta algumas características, mas de número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.

São necessários seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos de hiperatividade/impulsividade para que se possa pensar na possibilidade do diagnóstico de TDAH.

CUIDADO! Para se considerar algum dos sintomas da lista é importante que ele aconteça frequentemente, e não de vez em quando.

As características mais freqüentes citadas são em ordem de frequência:

  • - Hiperatividade;
  • - Comprometimento percepto-motor;
  • - Instabilidade emocional;
  • - Déficit geral de coordenação;
  • - Distúrbio da atenção;
  • - Impulsividade;
  • - Transtorno da memória e do pensamento;
  • - Deficiências específicas do aprendizado;
  • - Sinais e irregularidades neurológicas duvidosas ao eletroencefalograma;
  • - Criatividade;
  • - Depressão e sentimento de inferioridade;
  • - Inteligência normal ou superior;
  • - Pensamento rápido.

Tratamento:

A abordagem do transtorno exige intervenções múltiplas.

É necessária a combinação de várias das seguintes intervenções:

  • - intervenção psicoterápica e neurológica;
  • - intervenção psicopedagógica, fonoaudiológica e reforço de conteúdos;
  • - uso de medicação;
  • - orientação de manejo para a família e professores.

 

De acordo com BENCZIK E ROHDE (1999) e ROHDE, Luis Augusto; MATTOS, Paulo & Cols (2003) sugere-se:

  • - Atividades que desenvolvam a atenção e concentração;
  • - Criar um caderno para os atendimentos;
  • - Procurar afixar as regras de funcionamento das sessões;
  • - Usar uma linguagem simples e clara;
  • - Sempre que possível transforme as tarefas em jogos;
  • - Promover o vínculo pela aprendizagem;
  • - Inserir o uso da informática nas sessões;
  • - Planejar e antecipar as atividades;
  • - Dividir as tarefas grandes em pequenas tarefas;
  • - Utilizar vários recursos de ensino e não somente a voz;
  • - Dê preferência sempre que possível, a estratégias de ensino participativo;
  • - Estimular a criança a ler em voz alta.

- Paralisia Cerebral.

Definição: Lesão no sistema nervoso central causada, na maioria das vezes, por uma falta de oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, ao nascer ou até dois anos após o parto. Em 75% dos casos, a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual.

Existem vários tipos diferentes de paralisia cerebral, incluindo espástica, discinética, atáxica, hipotônica e mista.

Características: a principal é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão. Inclui dificuldades para caminhar, na coordenação motora, na força e no equilíbrio. Na maioria dos casos afeta a fala.

Não existe cura para paralisia cerebral. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a ser o mais independente possível.

O tratamento requer uma abordagem de equipe, incluindo:

  • Clínico geral;
  • Dentista (recomenda-se uma avaliação odontológica a cada seis meses);
  • Assistente social;
  • Enfermeiras;
  • Terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicopedagogo e fonoaudiólogo;
  • Outros especialistas, incluindo um neurologista, um especialista em reabilitação, um pneumologista e um gastroenterologista;

O tratamento baseia-se nos sintomas apresentados pela pessoa e na necessidade de prevenir complicações.

- Défict Cognitivo.

Déficit Cognitivo é empregado para descrever desde problemas do intelecto em distúrbios globais (exemplo: retardo mental) até déficits específicos em certas habilidades cognitivas (exemplo: dislexia).


São alterações na maneira como o indivíduo processa uma informação. Está relacionado à inteligência. Envolvem principalmente funções mentais como a memória, linguagem, raciocínio lógico e abstrato, atenção, percepção, capacidades executivas e capacidade visuo espacial.

De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através os cinco sentidos.

È o neuropsicológo que realiza o diagnóstico. Sua avaliação consiste basicamente em bateria de testes que avaliam um conjunto de habilidades e competências cognitivas.

- Síndrome de Down.

A síndrome de Down é uma doença genética em que uma pessoa tem 47 cromossomos em vez dos 46 normais.

Alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21. A causa da alteração ainda é desconhecida, mas existe um fator de risco já identificado.

Os sintomas da síndrome de Down variam de pessoa para pessoa e podem ser de leves a graves. No entanto, as crianças com síndrome de Down têm uma aparência amplamente conhecida.

A cabeça pode ser menor do que o normal e com formato diferente. Por exemplo, a cabeça pode ser redonda com uma área achatada na parte de trás. O canto interno dos olhos pode ficar arredondado em vez de pontudo.

Os sinais físicos comuns incluem:

  • Tônus muscular reduzido no nascimento
  • Excesso de pele na nuca
  • Nariz achatado
  • Articulações separadas entre os ossos do crânio (suturas)
  • Uma única dobra na palma da mão
  • Orelhas pequenas
  • Boca pequena
  • Olhos inclinados para cima
  • Mãos largas e pequenas com dedos curtos
  • Pontos brancos na parte colorida dos olhos (manchas de Brushfield)

O desenvolvimento físico muitas vezes é mais lento do que o normal. A maioria das crianças com síndrome de Down nunca atinge a altura média da idade adulta.

 

As crianças também podem ter atraso no desenvolvimento mental e social. Problemas comuns podem incluir:

  • Comportamento impulsivo
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouca capacidade de atenção
  • Aprendizado lento

 As características são: déficit cognitivo, dificuldades de comunicação e a hipotonia (redução do tônus muscular). Quem tem a síndrome de Down também pode sofrer com problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo, entre outros, e, muitas vezes, nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias. 

Não há um tratamento específico para a síndrome de Down. 

O treinamento comportamental pode ajudar as pessoas com síndrome de Down e suas famílias a lidar com a frustração, a raiva e o comportamento compulsivo que ocorrem frequentemente. Os pais e cuidadores devem aprender a ajudar a pessoa com síndrome de Down a lidar com a frustração. Ao mesmo tempo, é importante incentivar a independência.

São oferecidos educação e treinamento especiais na maioria das comunidades para crianças com atrasos no desenvolvimento mental. A fonoaudiologia pode ajudar a melhorar as habilidades de linguagem. A fisioterapia pode ensinar habilidades motoras. A terapia ocupacional pode ajudar com a alimentação e a realização de tarefas. Um profissional especializado na saúde mental pode ajudar os pais e a criança a lidar com problemas de humor ou de comportamento. Na maioria das vezes, são necessários educadores especiais.

- Síndrome de Rett.

Doença genética que, na maioria dos casos, atinge meninas.

As características são:

  • regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente adquiridas);
  • movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e os 18 meses;
  • interrupção no contato social:
  • comunicação se faz pelo olhar.

- Síndrome de Williams.

Síndrome de Williams é uma desordem genética rara que pode levar a problemas com o desenvolvimento. Desordem no cromossomo 7.

Síndrome de Williams é uma condição rara causada pela falta de genes. Os pais podem não ter qualquer histórico familiar da doença. No entanto, uma pessoa com síndrome de Williams tem 50% de chance de passar a doença para cada um de seus filhos.

A causa geralmente ocorre aleatoriamente.

Os Sinais incluem:

  • Estreitamento dos vasos sanguíneos, incluindo supravalvular estenose aórtica, estenose pulmonar e estenose da artéria pulmonar;
  • Hipermetropia;
  • Nível elevado de cálcio no sangue (hipercalcemia) que pode causar convulsões e rigidez muscular;
  • Pressão alta;
  • Articulações frouxas que podem alterar para rigidez conforme o paciente fica mais velho;
  • Padrão incomum ("estrelado" ou similar a uma estrela) na íris do olho;

 

Exames para a síndrome de Williams:

  • Verificação da pressão arterial;
  • Exame de sangue para o cromossomo em falta (teste FISH);
  • Ecocardiografia combinado com ultra-som com Doppler;
  • Ultra-som dos rins;

 

As características são: dificuldades motoras (demora para andar e falta de habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de orientação espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e muita facilidade de comunicação.

Não há cura para a síndrome de Williams. A fisioterapia é útil em pacientes com rigidez articular. Terapia de desenvolvimento e de fala também podem ajudar essas crianças (por exemplo, pontos fortes verbais podem ajudar a compensar outras deficiências). Outros tratamentos baseiam-se nos sintomas de um paciente.

Pode ajudar ter um tratamento coordenado por um geneticista, que seja experiente com síndrome de Williams.

 
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